terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O alfinete

Havia uma mesa, um pente e uma cadeira.
Alguém afastou esta e sentou-se calmamente.
Alguns dedos, sem querer, derrubaram da mesa um alfinete comprido que havia aparecido ali quase que de repente.
Foi um som baixo, mas para o tamanhozinho do alfinete estava até muito alto, e reverberou por um longo tempo. Tudo antes havia sido silêncio. Poder-mos-ia imaginar o objeto tremendo-se no chão. O som parecia ser de um piano taciturno e teria subido aos ouvidos em círculos. Era algo muito curioso.
Quando dois pares de olhos amarelados instintivamente jogaram-se ao chão para buscar o alfinete, este já havia desaparecido, igualmente como havia aparecido, quase que de repente.

Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista

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