Sinto a necessidade de contar esse céu aqui, já que inúmeras vezes perdi a oportunidade de contar outros céus – ou contei, mas os perdi. –, e porque talvez até o final de minha vida eu jamais encontre um igual a esse.
No anoitecer do dia quatorze de Dezembro, ano 2010, via-se um mesclado de cores vívidas acima de nossas cabeças. No Noroeste, a noite já chegava, eram umas 18hrs: 18min, e, por tanto, o azul era bem escuro. Nos limites da lua, que se posicionava bem acima de mim, no zênite, as cores já iam mudando, tornando-se de um azul escuro, mas não tão escuro como o da noite, talvez um azul marinho, e nele riscavam-se nuvens muito magras. Pode-se dizer que tais nuvens estavam por todo o céu.
Após o azul marinho encontrava-se esta cor, sendo um pouco mais claro e bastante selvagem. Estava realmente iluminado, como se fosse projetado por uma lâmpada neon e já se encontrava algumas estrelas. Normalmente, havia os riscos de nuvens...
Esticando-se a cabeça ainda mais um pouco para o oeste, estava-se evidente que um simples azul aconchegava-se entre o seu amigo selvagem e aquele que era ainda mais claro.
Essa última cor ainda estava bem mesclada com horizonte, que era um pouco iluminado, mas não havia sol, por tanto, acho – é que não me recordo muito bem, talvez porque acabei me interessando mais pelos ventos frios que me rodeavam ferozmente. – que o laranja do pôr-do-sol já não estava mais presente.
Agora a pouco, uns minutos antes de esses pernilongos estarem me tirando a paciência e o sangue, vi uma das mais belas noite. Dá-me até uma vontade de ver de novo – acabei de ver pela falha brecha da porta e não gostei! Era tudo um cinzento de nuvens más, um alaranjado que não sei de onde veio!
A noite que eu havia visto era bem escura, muito mesmo. E, ao contrário do que vi pela brecha da porta – e não se engane ao pensar que não vi tudo que eu poderia ver se estivesse fora de casa. –, havia várias estrelas, tendo uma delas me chamado muito a atenção. Mas antes que eu me empolgue com tal estrela, vou logo falar do céu e depois dou um jeito de meter no assunto o corpo celeste.
Como já foi dito, tudo era bem escuro, a não ser o horizonte oeste que, de algum modo, por trás das nuvens muito brancas que, não sendo pela cor, pareciam montanhas, estava bem claro, de uma luz muito branca também. Para ser bem sincero, acho que as nuvens só estavam brancas por causa da tal luz, que de tão forte, mesmo escondida, ainda refletia-se e mostrava-se para meus olhos.
Voltando ao Noroeste, tudo ainda continuava bem escuro como sempre havia sido desde as 8hrs: 18min. Não se via mais lua alguma, e a nuvens corriam soltas e muito rápidas. Mas essas tontas não se comparavam nenhum pouco com as que se pareciam montanhas.
Escrevendo sobre estrelas – e estas se agruparam num único ponto. –, que de algum modo não foram escondidas por nuvens – talvez porque estas reconhecessem que os pontinho brilhosos eram realmente bonitos e então não podiam ser apagados. –, brilhavam intensamente, como o céu de azul selvagem, projetado por lâmpada neon. Mas uma estrela específica me chamou muito a atenção. Não sei ao certo o porquê, talvez pelo fato de que seu brilho parecia bem mais genuíno do que as das outras. Havia um ponto muito forte, branco e grande no meio, e nas pontas, as linhas que apontavam para todos os cantos eram bem fininhas. Era uma estrela única.
E tenho que dizer uma coisa muito importante: assim que eu iria me virar para entrar e nunca mais voltar a ver o céu como tal estava, uma coisa impressionante aconteceu. Uma estrela cadente. Foi nesse momento que eu pude perceber que eu era realmente feliz, e que as coisas que eu mais desejo de coração sincero iriam acontecer.
Meloso assim como estou, aqui vou finalizando o meu contar sobre o céu do dia quinze de Dezembro de 2010, e me perdoem se me esqueci de algo, mas é que estou com sono e tenho memória falha.
O céu é diferente para todos e, mesmo assim, muda constantemente para uma pessoa só.
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.
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