sexta-feira, 30 de abril de 2010

Um pequeno diálogo entre mãe e filho.

Um pequeno diálogo entre mãe e filho.

- Alô, mãe?
- Oi, eu queria mesmo falar com você, mas vá, diga. (Tão triste, mas foi despercebida pelo filho)
- Bem, é que eu estou sem dinheiro e preciso de algum para realizar um trabalho da universidade.
- Ah! Eu não tenho.
Um momento de silêncio.
- Mas eu preciso, é de verdade, não estaria eu brincando com algo do tipo. Você sabe que eu não gosto de gastar.
- É! Mas eu não posso. Peça ao seu pai!
- Ele já gasta muito com as coisas daqui de casa. E a senhora nem isso faz!
- Olhe, não me cause problemas, pois desses eu já tenho até demais.
- E como é que fico? Não posso trabalhar, pois sou menor de idade, ainda dependo de vocês! Olhe, eu não tenho dinheiro, tentei economizar ao máximo, mas agora já não me resta, então, por favor, por favor, dê um jeito. Sabes que se eu realmente não precisasse, não pediria.
- Mas eu não tenho como. Ainda nem entrei na universidade, coisa que há tempos eu quero fazer, e agora tenho que ajeitar meus dentes, vai me custar muito caro, você sabe o preço.
- Sim! É realmente caro. Mas meu pai fez mais coisas que você precisa e gastou bem menos, procure por preços menores! E tem outra coisa, eu não tenho culpa de nascer! Se você quis ter três filhos para tentar segurar o casamento, o problema é teu! Que tivesse planejado o futuro, e que tivesse feita a universidade antes, não gastasse o dinheiro com besteiras tuas. Mas, agora, o que eu faço? Você me tem e tem aos meus irmãos, depois foge de casa sem ao menos se importar. Olhe, eu já não sei se acredito em você, se você me ama, já nem acredito se eu te amo! O problema entre nós já passa da porcaria do dinheiro, o único problema é tua falta de responsabilidade! Não venha mais falar comigo, meus ouvidos não estarão para ti! E deixe que agora eu resolvo os meus problemas, e não ouse reclamar dos meu métodos, já não és minha mãe. Adeus.
( Para ela só ficaram os choros, as lamentações. Vinha triste desde que tudo lhe ocorrera, ela, querendo um abraço, e agora: Quem? Não chegou a dizer ao seu filho o que ela queria. Iria lhe contar que foi diagnosticada com câncer, e a doença já era tão antiga... Que resto de vida ela tinha em mãos, eu fico aqui só lamentando... Por favor.)

Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.

Só lembrando que hoje se comemora 1 mês de blog!

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