segunda-feira, 26 de julho de 2010

A vida de agora

Minha telha não dá mais nem poeira
E parece muda nesse mundo que não é meu
Queria ter o direito de parecer viva
Sou minha telha que morreu.

Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista

sábado, 24 de julho de 2010

Homens

Um corpo delgado? Talvez seja isso que quase todos os homens gostam nas mulheres, e poucas vezes não importa o que elas trazem na cabeça (no sentido mais vulgar), o caráter passa despercebido e não se faz merecido de amor.
Forçadamente busca-se entender o que se passa no interior de cada pensamento masculino, mas que não resultam em bons resultados. A complicação tarda a aparecer pois a alma de um homem custa a compreender que existem pessoas ao seu redor, e que o ama dilaceradamente, e buscam nele a cumplicidade de um grande afeto.
Comoção é um dos fatores que não existem nas características deles, maioria investem na frieza, simbolizando no dizer do leigos "machos". E se foi este o padrão que a sociedade estabeleceu ao homem, acabou não satisfazendo as mulheres pois elas não buscam apenas proteção braçal, mas principalmente companheirismo.
Se eles reclamam não entender nosso parecer, deveriam parar e perceber, ou ao menos tentar buscar o que nos "fere", e assim reverter o que está errado, pois arrependimento não é sinal nenhum de troca sexual do prazer.
Confiem no sentimento que se propaga dentro de vocês!

domingo, 18 de julho de 2010

"Versinho" do desespero

Estou preso num caminho
E desse não se pode voltar
Começarei, de longe, sozinho
Esperando que a história não se repita

Caminho, Caminho, Caminho. Eu? Caminho.
Eu caminho.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mudanças

Mudei. Talvez tenho sido por conta da convivência com outras pessoas, com nova gente, com novas faces. O tempo sempre transforma as pessoas, e muitas dessas transformações são especiais na minha vida ou de outras qualquer.
A passagem para o futuro foi rápida e está sendo, num piscar de olhos, eu olhei em minha volta e vi que nada mais era igual a antes, na verdade todos minutos são diferentes, eles nunca se repetem, sempre trazem novidades, e sendo elas como forem, nós um dia lembraremos ou não.
Os meus objetos e meus pensamentos acabaram se misturando com as minhas transformações, e muitas das pessoas eram para ficar gravadas em mim, mas não foram responsáveis por nada na minha vida, nada de muito importantes.
Fico a olhar o horizonte e não imagino como posso ser daqui a alguns tempos, mas sei muito bem como foi no passado e ele não vai repetir no futuro, pois onde estou, estou muito bem.
Traçando metas e imaginando possibilidades que hoje estou como estou, e comprovo tudo o que eu fiz sem me safar de nada que já me veio a acontecer. Repeti muitos momentos, mas em nenhum deles fui a mesma, fui sempre acompanhada diferentemente aos encontros, trazendo sempre um boa conversa e buscando sempre bons pontos em comum.

O tempo!

Ah, o tempo...
Aquele que modifica as pessoas fazendo com o que seus planos venham a fracassar. Não são todas, mas a maioria sempre buscam suportar a pressão que o tempo nos proporciona.
Tenho mãos de fadas, elas me servem, mas com o decorrer dos tempos elas vão parar, e sem você não vou poder dedicar meus pensamentos, as coisas lindas que saem de mim. O que eu posso fazer é cuidar de mim, ser feliz ao menos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Escuridão que também é luz

As lágrimas já tinham o molhado todo, mas os olhos continuavam secos, comichando o sono e espreitando o lugar escuro.
Ele, dono dos olhos que sempre ardiam e molhavam, sentia-se estafante, estressado, talvez fosse culpado.
Vivia com muito tempo, mas dizia não ter, pois não sabia aproveitar o que tinha. Ele sabia disso. Talvez fosse mais estressado por saber a verdade do que por realmente “não ter tempo”.
Caia pensativo por entre as ruas, e seus pensamentos vinham – ele amava pensar, e as vezes pensava coisas e em coisas maravilhosas – e depois iam, eram esquecidos, isto também deixava-o louco.
Tinham certos momentos em que ele sentia raiva, mas não sabia exatamente de quê, por isso chorava. Não era frágil, chorava porque não tinha vergonha de mostrar o que realmente era, sentia por dentro. Nem que fosse apenas para si mesmo, era uma maneira de enxergar dentro de si. Era completamente verdadeiro.
Escrever. Ele nunca escreveu com o objeto de outros se identificarem com seus escritos. Achava que cada um era totalmente diferente, só mesmo cada pessoa para saber o que realmente acontece dentro. Portanto escrevia para si, e compartilhava com os outros como uma forma de ajudá-los a conhecê-lo. Secretamente sabia que cada era um enigma para a sociedade. E mais do que isso, ele escrevia para guardar seus pensamentos que logo lhe esvaziavam a cabeça. Escrever, antes de tudo, é conhecer a si próprio.
Então, deitado no escuro, achou que já tinha pensado demais, se emocionado demais. Pois a lágrima que tinha caído não era de dor, era de compaixão. Só precisava rolá-la para os lençóis e cair completamente na escuridão.

Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.

EL'RECUBO

Ele estava no banco traseiro de um carro esportivo, o carro andava... Sentia-se mal por isso, não gostava nenhum pouco da idéia de ser o motivo que fazia o pequeno poluidor percorrer as ruas asfaltadas.
O jovem olhou, de dentro do carro, para o mundo que estava lá fora... Imaginou o monte de árvores que existiam antes de residenciais desmatarem aquelas áreas, antes de retirarem os frutos e aqueles vivos que habitavam por ali. Mas antes...
Então ficou lá. Pensou que Deus não criou edifícios, deu árvores – que dão frutos, remédios, sombra, conforto e até moradia! – e tudo que é necessário para se viver bem.

Logo após estava no centro urbano, numa ilha de calor. Olhou os gigantescos prédios. Não achou bonito. “Não posso sentir o vento em meu rosto.”
A paisagem daquele lugar era horrível. As pessoas, que eram fúteis, a todo o momento eram bombardeadas de propagandas. Parecia que gostavam! Isto dava para o masculino uma leve dor de cabeça.
É claro que para ele as coisas tornavam-se exageradas. Ele era exagerado.
O tempo avançou um pouco mais e logo estava passando ao lado de um lixão a céu aberto. Várias pessoas estavam “coletando” o lixo.
“Se tivesse sido feita uma coleta seletiva...”
Olhou de ladinho para dentro do carro e viu o tanto de sacolas de compras “desnecessárias”, nada era seu. Espreitou a mulher que dirigia em sua frente, e o choro tornou-lhe pelo coração, seu semblante fechado se molhou. As lágrimas pela briga, pela tentativa de fazer os outros não comprarem, não se excederem, não se perderem.
“Aqueles que deveriam guiar-nos, orientar-nos, são aqueles que precisão de educação, esclarecimento, Luz.”
O sistema... As indústrias precisam frear.
“Onde está o valor?”

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Reconhecimento

Tenho feito da minha vida um poço de alegrias, porém que derrama lágrimas escondidas, depois das suas palavras frias quando me disseram que na nossa relação havia um desencontro de sentimentos.
Perco muitas vezes a cabeça; destas últimas vezes eu não sei como tenho me apresentado, mas é que me falta o fôlego para continuar ao seu lado sem dizer no mínimo uma defesa que assegure que o meu sentimento é muito forte para aceitar calada tudo o que você me diz baixinho.
Há quem diga que eu quero sempre demais. Há quem diga que você gosta de mim, mesmo sendo aos escuros, mesmo sendo bem baixinho. Suportar o que se sente aos cuidados é uma tarefa difícil, é algo que vem de dentro, algo muito mais forte que o possível, maltrata às vezes, doe tanto, porém cicatriza em dois tempos.
Será que eu estou sendo reconhecida? Será que eu estou mesmo querendo demais? Devo mesmo está recebendo tudo o que muitas vezes eu fiz os outros sentirem por mim, e desta forma desesperada se jogarem ao sofrimento, fazendo com o que sua felicidade em me ter fosse acabada em lágrimas.

Controle do tempo

Eu não tenho mais controle do tempo, ele tem passado depressa sem deixar rastros para que ninguém o acompanhe. O problema é que eu considero o tempo um fenômeno natural, sim, um fenômeno natural, ele não depende de relógios para acontecer, são os relógios que dependem dele para funcionar.
Apesar desse controle perdido eu ainda tenho calculado meu tempo contigo, e vejo não ter ficado em desvantagem, até porque quando estou somando os minutos eles se multiplicam porque estou com você. De tanto ter imaginado esse tempo, ele acabou passando, e mesmo que eu não tivesse parado para observá-lo, ele teria continuado andando, e para mim que ando contando cada segundo ele tem voado como um avião em atraso de de-colagem.
Estou me sentido perdida em meio aos leões, que quando famintos devoram suas presas como se fossem as únicas.
Eu não quero te perder nem tão cedo.
Hoje as minhas forças se multiplicam porque sei que ainda resta tempo para que eu aproveite a sua presença, que me faz um enorme bem, e estou maravilhada com isso que tenho sentido, pois sei que quando partires, voltarás, para me levar contigo, seja como for, mas vou estar com você para sempre.

Bala

Era um moço jovem. Tinha lá uns 16 anos de idade.
De manhã, como estava, parecia ainda mais jovem.
5:00, Acordou no mês de Junho. “Onde está meu sol?”. Ficou acordado, mas de olhos fechados. Ainda descansava e aproveitava que a cama, os lençóis e o enorme travesseiro branco estavam frios.
5:20, Tomou leite quente, e não pensava em nada - estava num vazio branco, com O Maior – mas depois pensou e não sei o que.
Estava feliz, teria que ver pessoas, ver o céu e ver os raios...
Como já estava pronto, decidiu esperar seu amigo na calçada, tendo como objetivo ficar à tempo livre com um velho vizinho, debater qualquer coisa. Só para animar!
Seu amigo, o Camilo, chegou e os dois foram de moto através da rua, gritando, cada um, para tentar fazer o outro ouvir.
Aquele que não era Camilo não pilotava, se divertia atrás.
Já estavam silenciosos, pensando cada um para si mesmo, ou era apenas concentração.
Mas o vento não permitia dormir... E o sol atrás de todos... Não parecia! O sol entrava pelo retrovisor e acabava atingindo-os, fazendo-os fechar os olhos. Mas acabavam espiando!
Aquele que não era Camilo resolveu abrir suas asas, sentir um pouco mais do quê só vento.
Justamente!
Mas aí, não!
O sol que tanto amava... Foi tão...
Pegou-lhe nos olhos e abriram-os, as últimas coisas que o garoto viu foram um espelho, uma luz, um enfim e clarão.
O jovem que um dia fora inteligente... Não deu nem tempo para ele lembrar-se do que havia usado antes do leite...Algo que a meses o havia guardado em seus leito de espinhos e preparado sua morte de modo que ninguém podia julgar..

sábado, 10 de julho de 2010

O que sei fazer

Esperava, ao chegar na minha casa, ir direto ao encontro do meu violão. Ainda era cedo, mas o dia já tinha sido tão gostoso, tão confortante...
Eu tive chuva de manhã, tive risos e pensamentos... Nem certas notícias me deixaram taciturno.
Logo após tive reencontros, tive som, risos e abraços, palavras carinhosas... Amei meu violão e minha gaita – que tinham sido fiéis a min. – tive gosto, paciência e conhecimentos, sorrisos e pensamentos...
Eu soube amar mais uma pessoa, soube ficar, mais uma vez, nervoso. Quis não poder sair de perto e ao mesmo tempo não parar de ler. E Eu fui verdadeiro, fique feliz ao ver que consegui falar o que queria, e até mais. Fiquei confortável ao ver que eu poderia melhorar com as observações que faziam, e vi que eu poderia ser amigo de todos, de saber aproveitar o que eu desejava e que eu poderia ser sim, um pessoa tolerante e educada, que não se limita a expressar os próprios sentimentos ou a fazer o bem a alguém.
Só um dia assim, para poder ver o quão importante sou e posso ser. Sinto-me demasiado feliz, jogado numa chuva gelada de felicidade. Porque desde que eu discernir o que acreditava, o que sabia, podia falar, argumentar e enlouquecer de tanto pensar, eu pude fazer.