sábado, 20 de novembro de 2010

Quente e Terno

Um alguém esperava um ônibus num lugar qualquer, essa seria a melhor alternativa para alguém poder pensar e aproveitar o tempo, para tentar descansar e descarregar todo um sentimento que há pouco havia velado. Foi num dia quente, e, normalmente, o céu estava azul. As nuvens eram como sempre foram – aparentemente brancas.
O ônibus veio se aproximando, mas agora havia duas pessoas, que eram jovens e que nunca haviam se visto.
Na correria do dia, essas duas pessoas foram se aproximando da entrada do veículo, e algo que foi pedido por ambas para que não acontecesse, aconteceu! No momento em que uma se “preparava” para subir no transporte, a outra fazia o mesmo, e foi tudo sem querer.
- Poder entrar primeiro. – um disse, mas fez isto com um sorriso envergonhado e feliz – por incrível que pareça – no rosto, o que deixou o outro um pouco mais envergonhado, no entanto, também encantado. Vale dizer que aquele que não havia dito nada, ficou por assim mesmo. Diante do nervosismo, esqueceu de pedir obrigado, e então, como forma de tentar mostrar que estava realmente agradecido, no ônibus, passou toda a “viagem” sorrindo, e para tua surpresa, esses sorriso realmente tinham motivo.
O primeiro: Alguém tinha sido muito belo.
Segundo: A poeira da cidade, as folhas, os panfletos, o sol, o vento, as pessoas – e inclusive as nuvens –, tudo caia no asfalto e dava um belo de um espetáculo. A cidade se transformava lentamente numa luz laranjada e brilhosa, o vento levava as folhas caídas, que bailavam como dançarinas, para o chão e depois para o céu, retornavam ao chão e depois iam ao céu ou uma pessoa. Tudo era muito bonito e o clima estava esfriando...
A noite flertava e as luzinhas coloridas encorajam o sentimento. Tudo era muito agradável, e o choro seria uma ótima companhia. Não havia mais motivos para se incomodar. Não havia mais mortes para chorar. Não havia coração para se machucar. Não havia mais um amor que ficaria apenas para recordar... Não havia... Ao menos neste instante não havia no que pensar, pois o mundo queria dum alguém apenas a admiração, e isso seria o bastante.


Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista

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