“É um diário? Ah, deixa-me ver, por favor!”; e então se desvencilhou do braço, do abraço quentinho. Sua boca moldava um teatro infantil que era lindo. Seu longo cabelo cheio, ondulado e castanho cheirava muito forte, era muito bom. Mas o outro humano queria que deixasse logo o lindo teatro para poder retornar ao lugar que ficava entre seus braços, no peito.
As duas pessoas miraram o pequeno caderno que estava entre os dedos de um deles, e logo depois se olharam sorrindo. A outra falou:
“Talvez um dia, quando eu puder. Não irei me esquecer de você, será a primeira a quem vou mostrar. Fico muito feliz por saber que ao menos uma vez alguém quis descobrir quem verdadeiramente sou.”
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista
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