sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A política

Uma “buzina” soou. Era um meio-dia quente.
O jovem correu para a porta, esbarrou em alguns objetos e viu, sem querer, a pobreza de sua casa mal iluminada e cheirando a mofo – era uma sensação pesada e sofrida que descia do ar.
Preocupado apenas em atender o mais rápido possível àquele som que lhe chamava, correu com as chaves na porta e a abriu rapidamente; num instante aquela luz brilhosa e fervente invadiu-o o coração e os olhos. Sue corpo suava e logo estava quente, avermelhando em algumas partes; ocorreu-lhe que precisava de um vento, estava tão quente que parecia arder – foi imediato que o futuro procedeu.
Rapidamente, alguns pontos do seu corpo pareciam abrir e efervescer nos extremos. A dor penetrou-o e parecia percorrer seu corpo como uma serpente. Seus olhinhos vacilaram e ele nem tinha visto o que tinha acontecido. As últimas coisas que ouviu foram fortes barulhos secos como se estourassem. Sua última lembrança do mundo o sal e o sol que brilhava no céu.
“Nem viu quem ou o que tinha feito isto.”Ao menos suas preocupações já não serviriam de nada e então poderia ficar em paz.
Seu corpo foi pendendo para trás e o coração parecia um vulcão em erupção em que escorria uma larva vermelha, de cheiro tão forte e tão cheia de sofrimento e amor.
Suas roupinhas velhas que mal cambiam tinham mudado um pouco de cor – mas não importava mais.
Caiu e seu corpo esperou alguém chegar e vê-lo cheio de pena. Esperou por uma mãe que só encontrava a felicidade e o conforto de uma vida cruel num filho que era INOSCENTE de um voto mentido – Era a corrupção pelo direito. Mas não podia mais... Estava morto.

Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batist

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