sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Destruição

Foram feitas muitas perguntas, e todas elas ficaram sem resposta, elas não tinham o que esclarecer, tudo estava tão óbvio naquele instante sendo até possível tirar a voz de quem fosse interrogado. E as perguntas não foram esclarecidas naquele ambiente, as pessoas estavam paralisadas e prontas para mais uma batalha de forças consigo mesmo. Refletiam raios de Sol nas faces amareladas de cada um ser, eram raios de solidão, pois, ninguém se atrevia falar nada, nem ao menos se olhar.
Então o silêncio foi cortado, não por palavras, mas por pensamentos. Uma delas resolveu imaginar que a distância pudesse permanecer se ela fosse fria o bastante para matar cada saudade que viesse lhe perturbar, já que então a tristeza que reinava dentro de si mesma estava tomando conta da sua alegria pequena.
Sentidos tais pensamentos, ela abriu os olhos, olhou em sua volta, e percebeu que tudo o que havia pensando não passava de uma imaginação horrorosa, porém que pudessem virar realidade se ela não corresse à busca da felicidade, que batia dilaceradamente em sua porta. Ela não perdeu tempo, correu e se cansou.
O que estava acontecendo agora? Por que qualquer partícula do que ele falava estava agravando tanto a sua tristeza? Ah. Tiveram respostas dessa vez, todos resolveram quebrar as “taças” daquela festa silenciosa, e, portanto deixavam vivas as memórias daquela criatura que não chorava por não ter mais o que sentir de ruim. Ela estava completamente acabada, o seu desespero agora não tinha mais razão, já que então as horas estavam passando, e todas as vezes que lembrava que aquele final de ano se aproximava se destruía um pouco mais.

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