Um pequeno diálogo entre mãe e filho.
- Alô, mãe?
- Oi, eu queria mesmo falar com você, mas vá, diga. (Tão triste, mas foi despercebida pelo filho)
- Bem, é que eu estou sem dinheiro e preciso de algum para realizar um trabalho da universidade.
- Ah! Eu não tenho.
Um momento de silêncio.
- Mas eu preciso, é de verdade, não estaria eu brincando com algo do tipo. Você sabe que eu não gosto de gastar.
- É! Mas eu não posso. Peça ao seu pai!
- Ele já gasta muito com as coisas daqui de casa. E a senhora nem isso faz!
- Olhe, não me cause problemas, pois desses eu já tenho até demais.
- E como é que fico? Não posso trabalhar, pois sou menor de idade, ainda dependo de vocês! Olhe, eu não tenho dinheiro, tentei economizar ao máximo, mas agora já não me resta, então, por favor, por favor, dê um jeito. Sabes que se eu realmente não precisasse, não pediria.
- Mas eu não tenho como. Ainda nem entrei na universidade, coisa que há tempos eu quero fazer, e agora tenho que ajeitar meus dentes, vai me custar muito caro, você sabe o preço.
- Sim! É realmente caro. Mas meu pai fez mais coisas que você precisa e gastou bem menos, procure por preços menores! E tem outra coisa, eu não tenho culpa de nascer! Se você quis ter três filhos para tentar segurar o casamento, o problema é teu! Que tivesse planejado o futuro, e que tivesse feita a universidade antes, não gastasse o dinheiro com besteiras tuas. Mas, agora, o que eu faço? Você me tem e tem aos meus irmãos, depois foge de casa sem ao menos se importar. Olhe, eu já não sei se acredito em você, se você me ama, já nem acredito se eu te amo! O problema entre nós já passa da porcaria do dinheiro, o único problema é tua falta de responsabilidade! Não venha mais falar comigo, meus ouvidos não estarão para ti! E deixe que agora eu resolvo os meus problemas, e não ouse reclamar dos meu métodos, já não és minha mãe. Adeus.
( Para ela só ficaram os choros, as lamentações. Vinha triste desde que tudo lhe ocorrera, ela, querendo um abraço, e agora: Quem? Não chegou a dizer ao seu filho o que ela queria. Iria lhe contar que foi diagnosticada com câncer, e a doença já era tão antiga... Que resto de vida ela tinha em mãos, eu fico aqui só lamentando... Por favor.)
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.
Só lembrando que hoje se comemora 1 mês de blog!
sexta-feira, 30 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
Carta Desconcertada e sem remetente.
Quem tu és? Vindo assim tão fraco, e assim cansado, na verdade é só para confundir esse meu coração tão bobo que já te espera por quase um ano. É, veio e foi sentimento, me confundido mais que tu, porque eu não sei quem tu é. E assim, dessa forma e me deixando louco, vai te parecer loucura. Não ligo que zombe, e até se isso for sair por mais do que pensamentos, expõem meu bem, só assim tomo raiva de ti e vejo por onde começar a te esquecer. Mas, como pode? Eu não sei, pois quando se trata de ti, eu deixo de ter respostar, deixo de levantar o braço e me encolho, esperando a penumbra, só pra pensar em ti sem que os outros zombem de min. É, e por fim, digo que não sei se te amo, me confundis por todo e faz com que todo o resto que me sobra me confunda. Quero-te.
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.
sábado, 10 de abril de 2010
Desconhecido
É uma angústia vital, existencial, e para livrar-se, um medo profundo, tem necessidade de saber, de conhecer, de adentrar em mistérios, de penetrar o íntimo de tudo, porque a esfinge está aí a lhe dizer continuamente: "Decifra-me ou te devoro." Enfim, o desconhecido pode apovorar o ser humano. Diante do misterioso, do não-experimental, gerou, também, a crença em forças superiores a si. Somente só, cada um pôde se conhecer ainda melhor; pois foi assim que o vazio e a escuridão puderam se encontrar com as faces frias, conforme a visão que tiveram, puderam passar de um por um, quanto é importante, antes de mais nada, conhecer e respeitar a si próprio!
Pensando sempre que tudo poderá vir ao nosso encontro, e que tal destino, pai e mãe de cada um, vai se encarregar de cuidar das nossas amedrontadas ações, que muitas vezes nos impede que nos aproximemos de casa espírito, espírito este, bom ou mal.
O normal padrão nunca vai guiar aqueles que não só escutam um som para passar o tempo, e sim para sentir a música e toda sua conjuntura formal.
Pensando sempre que tudo poderá vir ao nosso encontro, e que tal destino, pai e mãe de cada um, vai se encarregar de cuidar das nossas amedrontadas ações, que muitas vezes nos impede que nos aproximemos de casa espírito, espírito este, bom ou mal.
O normal padrão nunca vai guiar aqueles que não só escutam um som para passar o tempo, e sim para sentir a música e toda sua conjuntura formal.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Diferenças
Não importam quais são os sexos que estão no jogo, e sim se realmente eu, ou qualquer outro, está realmente feliz. Para todos os que tem preconceito, isso realmente é um enorme problema, pois eles não respeitam as diferenças dos outros, e acabam por desmerecer a si mesmo.
Eu não entendo o porque tudo exatamente tem que ser na linha, tudo conforme os mandamentos daquele que ninguém sabe se existe mesmo. Eu, essencialmente, não me limito a preconceitos, pois eles são inimigos da liberdade de expressão. Conforme a visão de cada um, tudo o que é bom, se torna pouco demais pra ser verdade. Adoramos cobiças, recusamos críticas, mas não sabemos definir quem somos de verdade. Isso adianta? Realmente adianta? E se adianta, por que todos fechamos os olhos para nós mesmos?
Eu não entendo o porque tudo exatamente tem que ser na linha, tudo conforme os mandamentos daquele que ninguém sabe se existe mesmo. Eu, essencialmente, não me limito a preconceitos, pois eles são inimigos da liberdade de expressão. Conforme a visão de cada um, tudo o que é bom, se torna pouco demais pra ser verdade. Adoramos cobiças, recusamos críticas, mas não sabemos definir quem somos de verdade. Isso adianta? Realmente adianta? E se adianta, por que todos fechamos os olhos para nós mesmos?
O fim da escada
Não se saberá muito sobre os personagens, eles não terão nome. São dois garotos, um mais velho e outro mais novo, juntos não somam 16 anos, e não há muita diferença de idade entre eles, mas existe.
O mais novo ia andando pelo quintal da casa, o Céu nublado e ele olhando a pedra suspensa no ar que alguém havia jogado para tentar pegar uma pipa que ele se recusara a dar e ameaçara a jogar pedra em quem pulasse o muro. Seu amigo, o mais velho que nem era tão velho assim,e por isso não se gostava, apareceu no seu portão,chamando-o bem de baixinho, só para, e apenas o outro escutar.
Os dois se encontraram no portão, a falta de luz no começo da tarde selando o pouco de amizade e palavra que haviam entre esses dois. Os olhares diziam tudo, e mais tarde, um deles , e no final você adivinhará qual, disse a uma garota que são só olhares que significam exatamente nada, fazendo assim, uso da ironia que lhe faltava, e lhe dando ar bobo de adolescente bobo.
Ficou subentendido que o objetivo era saírem para a rua, e no decorrer do percurso só era claro para o mais velho o objetivo de chegar. Foi depois que o mais novo descobriu, quando chegaram ao um campo perto de onde moravam, que vivia deserto, em interminável construção.
Ele ainda não haviam se falado, os olhos do mais velho estavam cheios de vermelho, cheio de comichar, cheio de lágrima e de raiva.
Subiram uma escada alta de cimento, e no chegar do fim, como ela era toda sozinha, só com o chão e sem paredes nos lados, ficaram de pé, um olhando o outro. O mais velho olhava para o chão, o mais novo olhava em direção ao mais velho, mais não o via, via o horizonte atrás do amigo inesquecível e cheio de si e da vida.
- Você é testemunha de tudo que me ocorreu! Você saberá, mais tarde, depois de eu te dar às coordenadas, o propósito de tudo e do fim! Da minha partida!
- Eu não entendo. – conversou o mais novo.
- Eu lhe disse que depois do que ocorrer aqui, quando você fazer o que eu pedir, você vai entender.
- Você fala estranhamente, eu não entendo nada. Use as palavras direito, e de o sentido puro!
- Você será como eu, mas vai fazer melhor!
- O que você quer de min?
- Quando eu terminar de fazer o que vim fazer, você vai à minha casa, chamará meu pai, rezará por minha mãe e dirá a ela que eu estou indo para seus braços. Tendo feito essa primeira parte, dirá você à meu pai para ele vir aqui me ver, e antes disso você não poderá me tocar, nem um abraço eu posso te dar. E quando ele sair, você vai entrar em minha casa, pegará os meus cadernos que estão na mesa, e saberá de tudo.
- Porque você não me diz agora? E se eu fracassar? Vai dar tudo errado, eu sei que vai dar!
- Deixe de ser pessimista! Eu sei que vais conseguir!
- Então me diga como eu irei falar com tua mãe, se tu mesmo não sabe onde ela está! Tu disse que nunca viu.
- Eu sei onde ela está, e é pra lá que eu vou!
- Tá, e depois de ler teus caderno, o que vou fazer ?
- Você vai ler e entender, será o único a me conhecer, nem Deus me entende!
- Não fale isso!
- Tchau meu amigo! Agora, olhe para o horizonte, e quando descer, não olhe para baixo nem para os lados. Não tente me abraçar e nem nada.
- Ta, mas, depois que teu pai sair, eu posso vir aqui te visitar?
- Não, deixe que eu apareço pra ti!
- Ta, não demore!
- Vou fazer o possível!
Então o mais novo foi andando, descendo a escada. Já estava longe, tentou olhar para a escada, mas não conseguiu, e sem saber, chorou. Chamou o pai do amigo, mais esse não quis sair de casa, implorou, e o outro disse que só mais tarde. Então não pegou os cadernos, não pediu. Não fez nada, fracassou.
Olhou para a escada, que dava para se ver de longe. Mas o amigo não estava mais em cima dela, então pensou que ele estaria furioso e estava voltando para batê-lo.
Correu para, casa, se trancou e esperou-o. Esperou tanto que cansou. O amigo nunca veio, mesmo com o passar dos anos. Só depois ele soube que a tal mãe que ele deveria ligar estava morta. Não deu para fazer nada.
Em noite, ele se perguntava e perguntava ao vento: Amigo, onde estás?
E só depois percebeu que o fim da escada era o fim da vida...
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.
O mais novo ia andando pelo quintal da casa, o Céu nublado e ele olhando a pedra suspensa no ar que alguém havia jogado para tentar pegar uma pipa que ele se recusara a dar e ameaçara a jogar pedra em quem pulasse o muro. Seu amigo, o mais velho que nem era tão velho assim,e por isso não se gostava, apareceu no seu portão,chamando-o bem de baixinho, só para, e apenas o outro escutar.
Os dois se encontraram no portão, a falta de luz no começo da tarde selando o pouco de amizade e palavra que haviam entre esses dois. Os olhares diziam tudo, e mais tarde, um deles , e no final você adivinhará qual, disse a uma garota que são só olhares que significam exatamente nada, fazendo assim, uso da ironia que lhe faltava, e lhe dando ar bobo de adolescente bobo.
Ficou subentendido que o objetivo era saírem para a rua, e no decorrer do percurso só era claro para o mais velho o objetivo de chegar. Foi depois que o mais novo descobriu, quando chegaram ao um campo perto de onde moravam, que vivia deserto, em interminável construção.
Ele ainda não haviam se falado, os olhos do mais velho estavam cheios de vermelho, cheio de comichar, cheio de lágrima e de raiva.
Subiram uma escada alta de cimento, e no chegar do fim, como ela era toda sozinha, só com o chão e sem paredes nos lados, ficaram de pé, um olhando o outro. O mais velho olhava para o chão, o mais novo olhava em direção ao mais velho, mais não o via, via o horizonte atrás do amigo inesquecível e cheio de si e da vida.
- Você é testemunha de tudo que me ocorreu! Você saberá, mais tarde, depois de eu te dar às coordenadas, o propósito de tudo e do fim! Da minha partida!
- Eu não entendo. – conversou o mais novo.
- Eu lhe disse que depois do que ocorrer aqui, quando você fazer o que eu pedir, você vai entender.
- Você fala estranhamente, eu não entendo nada. Use as palavras direito, e de o sentido puro!
- Você será como eu, mas vai fazer melhor!
- O que você quer de min?
- Quando eu terminar de fazer o que vim fazer, você vai à minha casa, chamará meu pai, rezará por minha mãe e dirá a ela que eu estou indo para seus braços. Tendo feito essa primeira parte, dirá você à meu pai para ele vir aqui me ver, e antes disso você não poderá me tocar, nem um abraço eu posso te dar. E quando ele sair, você vai entrar em minha casa, pegará os meus cadernos que estão na mesa, e saberá de tudo.
- Porque você não me diz agora? E se eu fracassar? Vai dar tudo errado, eu sei que vai dar!
- Deixe de ser pessimista! Eu sei que vais conseguir!
- Então me diga como eu irei falar com tua mãe, se tu mesmo não sabe onde ela está! Tu disse que nunca viu.
- Eu sei onde ela está, e é pra lá que eu vou!
- Tá, e depois de ler teus caderno, o que vou fazer ?
- Você vai ler e entender, será o único a me conhecer, nem Deus me entende!
- Não fale isso!
- Tchau meu amigo! Agora, olhe para o horizonte, e quando descer, não olhe para baixo nem para os lados. Não tente me abraçar e nem nada.
- Ta, mas, depois que teu pai sair, eu posso vir aqui te visitar?
- Não, deixe que eu apareço pra ti!
- Ta, não demore!
- Vou fazer o possível!
Então o mais novo foi andando, descendo a escada. Já estava longe, tentou olhar para a escada, mas não conseguiu, e sem saber, chorou. Chamou o pai do amigo, mais esse não quis sair de casa, implorou, e o outro disse que só mais tarde. Então não pegou os cadernos, não pediu. Não fez nada, fracassou.
Olhou para a escada, que dava para se ver de longe. Mas o amigo não estava mais em cima dela, então pensou que ele estaria furioso e estava voltando para batê-lo.
Correu para, casa, se trancou e esperou-o. Esperou tanto que cansou. O amigo nunca veio, mesmo com o passar dos anos. Só depois ele soube que a tal mãe que ele deveria ligar estava morta. Não deu para fazer nada.
Em noite, ele se perguntava e perguntava ao vento: Amigo, onde estás?
E só depois percebeu que o fim da escada era o fim da vida...
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Vencer
E já dizia a natureza dos fracassados: "eu ainda ei de vencer". Mesmo que seja impossível, mesmo que nada disso seja realmente verdade, mas eles ainda pensam positivamente bem. Foi de apenas um trago de cigarro qualquer, que eu vim perceber, sabendo que mesmo no fim do poço, a vontade de vencer, ainda se faz presente, não só em mim, como em qualquer ser humano, que se agarra em lembranças para não sair dos pensamentos, e ter que enfrentar a realidade, com seu rosto frio e seu caráter debochador. Não vão ser de tentativas que nós iremos entender o por que do nosso sofrimento, e sim, do que elas nos proporcionam; aliás, a melhor maneira de permanecer na lembrança dos outros é ser melhor do que si mesmo, mesmo que não seja entendido, mas que seja tentado uma só vez, pois é desta maneira que se opõe a verdade, diante os olhos dos outros, daqueles que brincam com os próprios sentimentos. E são eles, merecedores das piores invejas, das piores maldições, porque são eles que te fazem sofrer ou parar um pouco seu tempo para pensar e discutir na frente do espelho: "Por que será que eu fiz isso?"
Fim
Sono. Olhos, abertos, fechado. Levantado, pé, direito, chinelo. Banheiro, água, tempo, toalha. Cuidado, dentes. Som, rádio. Café, bolachas. Cuidado, Dentes. Roupa, vermelha, marrom.Guarda-chuva, grande, vermelho. Casaco, beje. Porta, luz, cinza, nublado, chuva, trovão. Frio. Sair. Guarda-chuva. Barulhinho. Água, corrida, escorrida, caida. Rua, árvores, beleza. Traços, luz, amarelo, claro.Sol, luz, amarela. Chuva. Valentina, olhar. Coração, batimentos, emoção. Michel, Maria - olá?! - Isabela, Rafael - Tudo bom ? - Cameron, beijo, face, abraço, premunição, despedida, dor, tristeza,.. Choro. Rua, mais perto, perto. Cruzamento. Barulho, arma, tiro, coração, sangue, silêncio, morte, morte. Tudo é silêncio. Alma, inoscência. Prossegui. Biblioteca. Frente. Entrada. Voz,- oi - sem resposta, atenção. Tumulto,perto. Prossegui. Alma, livro, 9ª. Mente. Tempo, horas. Sol, chuva ?, não. História, fim, morte.
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Um caminho para se arrepender
Meus olhos não querem enxergar a verdade
E pelo caminho de sofrimento e dor
Eu sigo em frente
O sofrimento me devasta
E a dor me mata.
Um caminho que acaba a alma
Um caminho que dói na alma
De cabeça erguida eu sigo em frente
Não posso parar
Tenho que seguir em frente.
Por uma garota eu me destruí
Que tipo de sentimento é esse?
Que destrói, que doi, que mata
Esse sentimento me levou a fazer o que eu fiz
Matar
Uma vida inocente.
Perpetua ou elétrica
Viver ou morrer
Viver para sofrer ou
Morrer para se acabar.
Escuridão, trevas
Tristeza e dor
Eu tenho que seguir esse caminho
Porque se eu não seguir
Me arrependerei completamente.
Meus olhos não querem enxergar a verdade
E pelo caminho de sofrimento e dor
Eu sigo em frente
O sofrimento me devasta
E a dor me mata.
Um caminho que acaba a alma
Um caminho que dói na alma
De cabeça erguida eu sigo em frente
Não posso parar
Tenho que seguir em frente.
Por uma garota eu me destruí
Que tipo de sentimento é esse?
Que destrói, que doi, que mata
Esse sentimento me levou a fazer o que eu fiz
Matar
Uma vida inocente.
Perpetua ou elétrica
Viver ou morrer
Viver para sofrer ou
Morrer para se acabar.
Escuridão, trevas
Tristeza e dor
Eu tenho que seguir esse caminho
Porque se eu não seguir
Me arrependerei completamente.
domingo, 4 de abril de 2010
Santa
Uma hora, ao meio-dia.
A Santa estava na mesa, enfrente à vela de 7 dias, quente como o dia quente.
A avó deitada, doente, na cama, e o resto pelo resto da casa.
Era dia de entregar a santa na casa próxima, meio-dia, imagine o sol como estava quente...
Bem, já era de praxe a situação:
No dia anterior, o garoto recebia a santa, colocava na mesa, acendia a vela, rezava e depois depois. No outro dia, era o garoto que fazia a oração de despedida e depois ia entrega-lá.
Nesse dia, algo era incomum. Quando o moleque se sentou na mesa para rezar, o clima já estava pesado. A casa cheia e ninguém lá com ele. Alguns disseram que já haviam rezado...
Depois de terminar, quando foi se levantar para apagar a vela e levar a santa, a mulher da imagem o fitou, com aqueles olhos verdes – ou era uma outra cor – e ficou assim. O menino olhou para ela, pensou. Teve medo. O que era aquilo? Choro? Também, se fosse isso meu amigo, teria razão. O menino rezava sem vontade, como obrigação. Da casa ele era o único que não acreditava em Deus, e da casa ele era o único que rezava com a santa. Oh! Bem, a santa continuava olhando-o, e olhando e afastando-o.
O moleque a apanhou pela mão, soprou a vela e sorriu.
Já se haviam passado umas três ruas da sua casa, e quando foi atravessar a avenida, o moleque não percebeu, mas um carro “alcoolizado” entrou no meio, justo quando o menino estava no meio. Mas nada aconteceu ao garoto. Bem, ele ficou com uma zoada no ouvido. O erro veio na santa, ela foi jogada no chão e o carro passou por cima. Ah, o carro saiu voando e entrou 4 ruas depois....
O menino foi até o local que pretendia ir, contou o acontecido e foi uma história como só. Se passou os minutos e o garoto voltou para a casa, não ficou nenhum pouco devoto a mais, só surdo a mais.
Quando entrou na sua rua, o menino viu o carro “alcoólatra” na frente de sua casa, e o monte de gente também. Vieram seus amigos e lhe contaram o acontecido, a nova história. O menino se jogou no chão, com sua lágrima preta de poeira descendo junto, ao mesmo passe.
A nova história era que uns homens, os do carro, entraram na sua casa, mataram os seus familiares, roubaram alguns objetos, fugiram e ainda mataram alguns vizinhos.
O moleque quase foi morto por eles, na rua, e preferia ter sido assim, ou ter sido nada, nem ele, nem os familiares e vizinhos. Ele acreditou nos seus amigos, nem Foi conferir, sentou-se ali. Não, não precisava conferir, era verdade. Depois vieram algumas mulheres, homens, pessoas, lhe puxavam pelo braço, abraçavam-se e choravam juntos.
Será que agora ele ia virar devoto?
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.
A Santa estava na mesa, enfrente à vela de 7 dias, quente como o dia quente.
A avó deitada, doente, na cama, e o resto pelo resto da casa.
Era dia de entregar a santa na casa próxima, meio-dia, imagine o sol como estava quente...
Bem, já era de praxe a situação:
No dia anterior, o garoto recebia a santa, colocava na mesa, acendia a vela, rezava e depois depois. No outro dia, era o garoto que fazia a oração de despedida e depois ia entrega-lá.
Nesse dia, algo era incomum. Quando o moleque se sentou na mesa para rezar, o clima já estava pesado. A casa cheia e ninguém lá com ele. Alguns disseram que já haviam rezado...
Depois de terminar, quando foi se levantar para apagar a vela e levar a santa, a mulher da imagem o fitou, com aqueles olhos verdes – ou era uma outra cor – e ficou assim. O menino olhou para ela, pensou. Teve medo. O que era aquilo? Choro? Também, se fosse isso meu amigo, teria razão. O menino rezava sem vontade, como obrigação. Da casa ele era o único que não acreditava em Deus, e da casa ele era o único que rezava com a santa. Oh! Bem, a santa continuava olhando-o, e olhando e afastando-o.
O moleque a apanhou pela mão, soprou a vela e sorriu.
Já se haviam passado umas três ruas da sua casa, e quando foi atravessar a avenida, o moleque não percebeu, mas um carro “alcoolizado” entrou no meio, justo quando o menino estava no meio. Mas nada aconteceu ao garoto. Bem, ele ficou com uma zoada no ouvido. O erro veio na santa, ela foi jogada no chão e o carro passou por cima. Ah, o carro saiu voando e entrou 4 ruas depois....
O menino foi até o local que pretendia ir, contou o acontecido e foi uma história como só. Se passou os minutos e o garoto voltou para a casa, não ficou nenhum pouco devoto a mais, só surdo a mais.
Quando entrou na sua rua, o menino viu o carro “alcoólatra” na frente de sua casa, e o monte de gente também. Vieram seus amigos e lhe contaram o acontecido, a nova história. O menino se jogou no chão, com sua lágrima preta de poeira descendo junto, ao mesmo passe.
A nova história era que uns homens, os do carro, entraram na sua casa, mataram os seus familiares, roubaram alguns objetos, fugiram e ainda mataram alguns vizinhos.
O moleque quase foi morto por eles, na rua, e preferia ter sido assim, ou ter sido nada, nem ele, nem os familiares e vizinhos. Ele acreditou nos seus amigos, nem Foi conferir, sentou-se ali. Não, não precisava conferir, era verdade. Depois vieram algumas mulheres, homens, pessoas, lhe puxavam pelo braço, abraçavam-se e choravam juntos.
Será que agora ele ia virar devoto?
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Viver
"A vida não acabou pra mim! Eu tô viva, e não posso me submeter às coisas que ela me faz sentir. Tudo passa, inclusive a vida também passa. E você passou. Agora só estou a rezar por conta de todo o meu medo. Não aguento mais. Preciso não lembrar, irei esquecer."
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