– Calma, fique quieto, já estou quase terminando...
– A propósito, que nó é esse, mesmo?
– Da amizade.
– Amizade?
***
– Não.
– . . . . . . . . . . . . . . –
– E quanto ao nó, porque você teve essa ideia?
– É que eu aprendi a fazê-lo, então quis treinar em alguém...
– Sério?
– É só um pouco da verdade.
***
– Você não queria ganhar a vida cantando?
– É, mas não deu certo.
***
– Olhe só o cabelo daquela mulher, que coisa feia! Parece até um ganso com pena molhada!
– Por que você diz isso?!
***
– Você ajudou alguém?
– Hum, eu não sei... Acho que sim, e você?
– Eu me ajudei, sabe? Procurei melhorar... Você acaba ajudando alguém no meio do caminho... Melhor! Melhor! Você sempre ajuda alguém, a questão é só não prejudicar depois...
***
– Você ainda gosta de mim como gostava antes?
– Acho que não. Eu mudei.
– Também mudei!
***
– Você está feliz?
– Já estive em dias melhores. Já vivi pensando que a felicidade passaria a ser algo próprio de mim, que não existiria um, eu, sem o outro, ela. Já agradeci por não estar chorando nem por estar preocupado, porém isso... Isso já passou. Mas eu não estou triste, você sabe? Só já estive melhor.
Vamos pensar, vamos pensar... Deixe-me ver, deixe-me falar!
Por: Ítalo Héctor de Medeiros Batista.